quarta-feira, 15 de maio de 2013

Poema de pé quebrado contra a MP dos portos


Invocação: Que a MP dos portos fracasse! Divindades marítimas, concedei-me este desejo. Ensina a este país que leis se fazem com razão, e não para gastar tinta de canetas tortas, manejadas por ministros parvos.

Uma medida provisória (veja bem, provisória, instável, inconstante, emergencial) para resolver o principal nó logístico do país. Ai, ai, eles ainda conseguem me surpreender... Será que a próxima constituição também vem por decreto?


Nereidas, tritões, poderoso Poseidon
Que a votação não se complete 
Que os navios ancorados soçobrem
Iluminai os terrenos magistrados da plebe

Façai fracassar aquela mulher
Que rouba-lhe o domínio preamar
E  roubar das décadas o tempo quer
dominar num dia porto e galé

a democracia se faz com constância
tijolo a tijolo, regular como as marés
fracassa, maldita, afoga, afunda!
ao assoalho do mar, MP, nada és


Nota: Se a MP for rechaçada, adiciono 3 estrofes e conserto a métrica. Se bem que eu acho que ela vai passar, infelizmente. Mas  vida é assim: na maior parte das vezes, invocar as divindades dá em nada. Exatamente como pedir que o governo tenha racionalidade, ou, no mínimo, modos.

Para quem não captou a citação:


Rubens Barrichello compreendeu a natureza do dilmismo. Quando lhe perguntaram o nome da presidente eleita, ele respondeu sabiamente:
— Como é que se chama a mulher?
A partir de hoje, esse é meu lema. Eu posso falar sobre Bartolomeo Bon. Eu posso falar sobre Anco Marcio. Eu posso falar sobre Cosmè Tura. Quem mais? Eu posso falar sobre Sexto Empirico. Eu posso falar sobre Pavel Chichikov. Eu posso falar sobre Pepe Le Pew. Só a presidente eleita está proibida de entrar em meu flat mental. Sobre ela, minha resposta será sempre a mesma:
— Como é que se chama a mulher?






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